Este vídeo fala sobre a história de vida de Tonny Melendez, um exemplo de superação mediante dificuldades, um sonho que foi traçado e alcançado.
Vinde, vendamo-lo a esses ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque é nosso irmão, nossa carne. E escutaram-no seus irmãos. Ao passarem os negociantes midianitas, tiraram José, alçando-o da cova, e venderam-no por vinte ciclos de prata aos ismaelitas, os quais o levaram para o Egito." (Gn 37:27-28)
Dias difíceis. Os dias eram difíceis para José, para seus irmãos, para Jacó. Havia dificuldade na casa, na afetividade, no campo de trabalho... Eram dias difíceis. Não existe na pauta de nenhum ser humano um histórico com apenas dias fáceis, nem com apenas momentos agradáveis. Todas as nossas fases precisam ser conquistadas, umas com mais velocidade e outras com menos; umas com mais dificuldades, outras com menos.
Vencendo as dificuldades
Todos passam por algum tipo de problema sério e certamente todos nós ainda passaremos por problemas. Todo ser humano constrói a história demolindo problemas, vencendo as dificuldades. Na vida, todas as fases precisam ser enfrentadas. No mundo, teremos aflições, mas com o bom ânimo venceremos o mundo (Jo 16:33).
José faz parte de um contexto que anima a vida de muitas pessoas, pois apesar de ter sofrido muito injustamente, manteve-se um homem justo, íntegro, bom, santo, um sonhador. O sofrimento de José foi decorrente os sonhos grandes que tinha em meio a pessoas que não tinham mais sonhos, pessoas que viviam com sintomas de medo, covardia, fuga, acomodação. Seus irmãos e seus pais viviam sempre assim, fugindo de algo.
Jacó, pai de José, começou a vida disputando a bênção com Esaú e, conseqüentemente, fugindo dele. Jacó cresceu sabendo que seu pai amava mais Esaú que a ele. Certamente dificuldades de alma se instalaram na vida dele por saber que o pai não conseguia amá-lo como amava Esaú. No momento em que seu pai estava à beira da morte, Jacó sabia que ali não estava mais em jogo apenas a preferência de amor, mas de unção. Uma bênção seria liberada e os bens da casa seriam entregues para o filho mais distante, desinteressado.
A Bíblia diz que Esaú vivia no campo, flechando os animais e trazendo a caça para casa. Jacó ficava em casa, administrando tudo. Jacó administrava e Esaú era homem de deserto. Havia uma promessa para levantar uma nação, mas vivia distraído, vivia caçando e não velou pela promessa.
Um dia, após chegar com muita fome da sua caçada, Esaú negociou seu direito de primogenitura com Jacó. Ele entregou sua bênção para seu irmão. Então, no dia de receber a bênção do pai, Jacó deu um jeito de se passar por Esaú. Por causa dessa unção, Jacó teve que deixar a casa dos pais e viver fugindo até ter o basta de Deus.
Jacó era um homem que teve sua vida marcada por fugas e dívidas. É esse o pai que José conhece. Dentro de todo esse contexto, José se perguntava: ora, por que eu estou sendo tão perseguido? José foi vendido pelos seus irmãos aos ismaelitas para uma caravana de midianitas que passava pelo local. Os ismaelitas e os midianitas eram duas raças inimigas de Jacó.
A Bíblia diz que José era muito formoso (Gn 39:6). Ele também era muito inteligente e sonhador. Esse aspecto na vida de José é intrigante: ele nasceu com inúmeras bênçãos, mas sofreu muito. Com todas essas características, era para José se regalar com tudo o que tinha e não ter tanta provação. Porém, o maior inimigo não é o que vemos por fora, mas o que vemos por dentro.
O maior problema de José não era enfrentar a casa do pai, o deserto ou o Egito, mas seus irmãos, o contexto em que ele estava vivendo. Ele poderia conquistar até o Egito, mas não teria conquistado o coração dos seus irmãos.
José vivia essa realidade: ele não era amado pelos seus irmãos. A maior crise de José a caminho do Egito não foi o fato de estar indo para o Egito, mas a pergunta: por que meus irmãos me venderam? Por que eles me tiraram do meu meio, do meu ambiente, da minha família? O que eu fiz de errado para que meus irmãos não me amem? Devemos lembrar que ele tinha apenas 17 anos, estava ainda na formação da personalidade juvenil.
Muitas pessoas iam ao Egito por diversos motivos: ou para negociar, ou para comprar comida na época de fome, ou para buscar novas oportunidades de vida. Porém, José não estava indo por nenhuma dessas razões. Ele estava indo como um escravo. Mas não era escravo! Na sua alma, ele era livre.
Ele tinha tudo o que uma pessoa tem para não ser escravo, beleza, formosura, inteligência e capacidade de sonhar, mas estava na rota do Egito como um escravo. Você já parou para pensar no tamanho da crise psicológica desse jovem que tinha mais ou menos 17 anos quando foi vendido.
A crise dele era: o que eu fiz para me tornar um escravo?! Às vezes, você não fez absolutamente nada, mas o Senhor o conduz pelo caminho do deserto. Neste momento, o inimigo se levanta para tentar lhe fazer escravo, para prender as emoções, a mente, os relacionamentos. Os inimigos físicos e espirituais se levantam para tentar amarrar a sua sorte e demolir a sua história.
José era segregado pelos seus irmãos. Havia uma escravidão apenas no mundo das idéias. Porém, aquela escravidão invisível se tornou uma escravidão real, verdadeira, palpável. Os inimigos que pareciam ser invisíveis tornaram-se visíveis. José estava naquele momento vivendo o resultado daquela escravidão invisível.
Quando nos levantamos para sonhar, inimigos se levantam para nos escravizar em todas as áreas. Devemos perceber: por onde estão vindo os assaltos à minha alma? Onde o inimigo quer me prender, roubar a minha promessa e anular o meu sonho?
José viveu uma crise intensa ao caminho do Egito. Às vezes, não teremos a resposta de por que nos fizeram escravos, mas teremos que lutar pela nossa liberdade. Chega o momento em que não cabe mais o questionamento "por que me fizeram escravo". O mais importante é perguntar "como eu serei livre" e encontrar as respostas.
Então o que vc precisa ser totalmente livre?
Medite nisso
Um abção!
Wagner e Gisele