A tentação do poder: a disputa por posições

Projeto dívino
palavra grega peirosmon usada de forma negativa conceitua a tentação como estímulo ou indução a um ato que satisfaça a carne, ainda que seja antiético, inapropriado ou contradiga as Escrituras. De acordo com o Apóstolo Tiago cada um é tentado e atraído pela sua própria concupiscência (Tg 1.14).
As tentações são comuns a todos os seres humanos. O maior e mais perigoso inimigo do homem é ele próprio. A própria carne e a natureza pecaminosa se levantam como um inimigo vicioso e enganoso.
A disputa pelo poder tem se constituído em uma das vigorosas tentações na cultura pós moderna. A expressão poder tem origem no latim potere.
Seu significado indica o direito de alguém em deliberar, decidir e mandar. A faculdade de exercer autoridade, domínio e influência sobre alguém ou sobre um povo. Este poder pode ser social, político, ideológico, econômico ou religioso.
O desejo de alcançar poder não é pecado. Pecado é a motivação e a metodologia equivocada utilizada por alguns na busca ou na manutenção do poder.
No afã de conquistar poder alguns trilham o caminho da inveja, ciúmes, calúnia, difamação e até homicídio. Estes aspiram ocupar ou manter posições e cargos a qualquer preço. Sem escrúpulos faltam com a ética e se empenham em manchar ou desacreditar a reputação do próximo.
O historiador britânico Lord Acton (1834 – 1902) ficou famoso pela frase: “O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente, de modo que os grandes homens são quase sempre homens maus“.
O norte-americano Abraham Lincoln (1809 – 1865), 16° presidente dos Estados Unidos afirmou: “Se quiser conhecer verdadeiramente um homem, dê-lhe poder“. Esta verdade pode ser comprovada na trajetória política de nossa nação e também na liderança de diversas igrejas.
Alguns que já alcançaram o poder não aceitam em hipótese alguma perder os privilégios. E para se manterem no poder submetem-se a qualquer negociata. Deixam-se corromper, mentem, manipulam e enganam o povo e os crédulos com falsos discursos.
Tomados pela soberba e arrogância colocam-se acima da lei e das Escrituras. Não cumprem a legislação, normas e regulamentos. Desrespeitam os estatutos, os regimentos internos e afrontam a sã doutrina bíblica.
Usam a máquina do governo ou a força da igreja a bel prazer para obter e manter vantagens de ordem pessoal. Quase sempre estão rodeados de bajuladores, defensores de plantão e pseudoprofetas que também são beneficiados pelo sistema e não querem perder seu quinhão.
tentação do poder pelo poder deve ser enfrentada e combatida. O cristão não deve ceder aos seus apelos e caprichos. E ainda, devemos cercear e impedir o êxito da tentação na vida do próximo. Basta não ser conivente diante da disputa desonesta por posições ou a corrupta manutenção de cargos das pessoas a nossa volta. Sejam eles políticos ou lideres religiosos.
 Pense nisto!
fonte: Pr. Douglas Baptista do blog CPADNEWS