Muita gente pensa
que sim. Todavia, a religião de Jesus não era cristianismo. Explico. Jesus não
tinha pecado, nunca confessou pecados, nunca pediu perdão a Deus (ou a
ninguém), não foi justificado pela fé, não nasceu de novo, não precisava de um
mediador para chegar ao Pai, não tinha consciência nem convicção de pecado e
nunca se arrependeu. A religião de Jesus era aquela do Éden, antes do pecado
entrar. Era a religião da humanidade perfeita, inocente, pura, imaculada, da
perfeita obediência
(cf. Lc 23:41; Jo 8:46; At 3:14; 13:28; 2Co 5:21; Hb 4:15;
7:26; 1Pe 2:22).
Já o cristão – bem, o cristão é um pecador que foi perdoado, justificado,
que
nasceu de novo, que ainda experimenta a presença e a influência de
sua natureza
pecaminosa. Ele só pode chegar a Deus através de um
mediador.
Ele tem
consciência de pecado, lamenta e se quebranta por eles,
arrepende-se e roga o
perdão de Deus. Isto é cristianismo, a religião da graça, a única religião
realmente apropriada e eficaz para os filhos de
Adão e Eva.
Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e
Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e
seguir seu
exemplo, há um sentido em que nossa religião é diferente da
dele.
Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos.
Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos.
Por exemplo,
elas podem pensar que as pessoas são cristãs simplesmente porque elas são boas,
abnegadas, honestas, sinceras e cumpridoras do
dever, como Jesus foi. Sem
dúvida, Jesus foi tudo isto e nos ensinou a ser assim, mas não é isso que nos
torna cristãos. As pessoas podem ser tudo
isto sem ter consciência de pecado,
arrependimento e fé no sacrifício
completo e suficiente de Cristo na cruz do
Calvário e em sua ressurreição – que é a condição imposta no Novo Testamento
para que sejamos de fato cristãos.
Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.
Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.
Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.
Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado.
Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.
Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.
Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.
Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado.
Todavia, é bom prestar
atenção naquilo em que o Senhor Jesus deve ser imitado: em procurarmos agradar aos
outros e não a nós mesmos
(1Co 10:33 – 11:1), na perseverança em meio ao
sofrimento (1Ts 1:6), no acolher-nos uns aos outros (Rm 15:7), no andarmos em
amor (Ef 5:23), no esvaziarmos a nós mesmos e nos submeter à vontade de Deus
(Fp 2:5)
e no sofrermos injustamente sem queixas e murmurações (1Pe 2:21).
Outras passagens poderiam ser citadas. Todas elas, contudo, colocam o Senhor
como modelo para o cristão no seu agir, no seu pensar, para quem
já era
cristão.
Não me entendam mal. O que eu estou tentando dizer é que para que
alguém seja
cristão é necessário que ele se arrependa genuinamente de
seus pecados e receba
Jesus Cristo pela fé, como seu único Senhor e Salvador. Como resultado, esta
pessoa passará a imitar a Cristo no amor,
na renúncia, na humildade, na
perseverança, no sofrimento. A imitação
vem depois, não antes. A porta de
entrada do Reino não é ser como Cristo, mas converter-se a Ele.
Fonte: O Tempora