Porque Jesus é o centro?





Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gálatas 4.4)
Quando nossos olhos se abrem para o Evangelho, uma das primeiras coisas que ele passa a contemplar é a centralidade de Jesus na vida, no universo, na terra e no céu. Cada qual à sua maneira expressa que, como o Sol, tudo ao seu entorno gira. Por isso, a vida do cristão é uma vida que encarna a vida de Cristo, que se submete a ele pela transformação de uma mente que se gratuitamente se cativa ao esplêndido conhecimento de Sua pessoa. A vida cristã, tal como ela se apresenta na Bíblia, se descaracteriza por completo quando nosso modelo não é Jesus. Nossa visão de Deus, de sua vontade e de sua glória se desbotam.
Deus considera Jesus, seu bendito Filho, o centro de tudo. Ele é a exata expressão de seu Ser, conforme proclama Hebreus; sem ele nada do que foi feito teria existido, diz João; nele habita toda a plenitude de Deus, afirma Paulo. A centralidade de Jesus tem sua primeira faceta logo no início do versículo que encabeça este texto. Deus preparou a história, o tempo, as nações, os governos, as relações políticas, sociais e religiosas como se prepara o corpo de uma mulher para o nascimento do filho. O tempo precisava receber o Eterno; a humanidade, a divindade; as trevas, a luz; o terreno, o celestial. E mais: o terreno deveria ser frutífero para a proliferação de sua mensagem. Tudo isso, não nos esqueçamos, preparado por Deus.
Tão logo a plenitude dos tempos veio, Deus encarna. Não é alguém à parte das nossas necessidades, um intocável, um separado, mas um como nós, porém, perfeito em tudo. Se sofremos, ele entende o que passamos; se somos incompreendidos, Ele sabe como nos sentimos, pois também o foi; se choramos, somos lembrados que ele também chorou; se nos sentimos só, a Bíblia não nos deixa esquecer seu terrível brado na cruz. Foi projeto de Deus que tivéssemos um de nós em nossa intercessão. Além de ser Deus, o Filho é nascido de mulher. 
E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso, convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”. (Hebreus 2.14-18)
Por fim, Jesus também estava “sob a lei”. As profecias tiveram seu pleno exercício na vida de Jesus; os salmos fizeram sentido com ele; a Bíblia é sobre Ele. Mas não é apenas isso. Ele amou a Lei. Tudo o que se esperava de um homem no que diz respeito à Lei, Jesus cumpriu. Amou a Deus e o próximo; foi benigno, humilde, manso, justo, íntegro, comprometido com a verdade. Não houve nele qualquer ponto que sustentasse uma acusação de pecado. Mas não apenas isso, novamente. A Lei foi satisfeita nele. Como? Pagando ele a justa condenação que o meu pecado e o seu mereciam. Deus vela por sua Palavra e não poderia desprezá-la para nos salvar. Seria injustiça não levar em consideração a lei quebrada por nós. A punição por isso precisava ser executada. E foi. Nossos pecados foram condenados na carne do Filho de Deus, “para que a justiça da lei se cumprisse em nós” (Rm 8.4). Sim, isso também significa que Jesus estava “sob a lei”. Por nós.
Jesus não é apenas nosso modelo, mas o centro da nossa vida com Deus. Você precisa dele para a salvação, para a intercessão, para a vida com abundância e para o entendimento santo de que nossa vida tem um propósito maior. Deus, em sua soberana e perfeita vontade, pôs tudo debaixo da autoridade de Cristo. E ser cristão, tão como ser como Cristo, é tê-lo como o centro da vida e estar debaixo de sua autoridade para vivê-la.
By Tiago Lino Henriques

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